Autor de romances sempre requisitados em vestibulares, como "Dom Casmurro", "Memórias póstumas de Brás Cubas" e "Quincas Borba", Machado de Assis (1839-1908) já demonstrava sua genialidade nos contos que publicou em jornais e revistas cariocas antes de ser considerado por muitos o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Nesses textos mais curtos, ficava evidente aquele que seria um traço marcante de sua obra: a ironia, como destaca Isabella Lubrano, do canal Ler Antes de Morrer, parceiro do Virando Bixo, nesta resenha de "50 Contos de Machado de Assis".
A publicação reúne os 50 mais emblemáticos contos dos cerca de 200 que Machado escreveu. "Com sua ironia, ela falava mal das camadas mais poderosas da sociedade sem nunca ter tido um livro censurado", comenta Isabella. Ao contrário, apesar de mulato, numa época onde imperava o racismo, foi acolhido nas altas rodas.