Você sabia que em 2022, 108,4 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus países por causa de conflitos ou perseguições? Este dado, do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização das Nações Unidas (ONU) dá dimensão do problema envolvendo refugiados no mundo atual.
E hoje, 20 de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Refugiado, é uma boa oportunidade para olhar para este tema que, por ser um dos principais problemas do mundo contemporâneo, pode cair no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou nos vestibulares.
"Estamos diante de uma crise humanitária gigantesca, com um crescimento nunca antes visto, que atinge milhões de pessoas, gerando consequências diretas e indiretas na sociedade, política e economia", afirma Sebastian Fuentes, professor de Geografia do Curso Anglo.
Ele enfatiza que, além de as pessoas que vivenciam cenários de refúgio na própria vida, esse tipo de deslocamento requer um atendimento no país acolhedor, com políticas públicas e mudanças estruturais. No Brasil, as pessoas podem perceber a grande quantidade de refugiados nas grandes cidades, em maioria venezuelanos ou haitianos, e buscar, de alguma forma, oferecer amparo. A questão também é um desafio no norte do país, em especial no estado de Roraima, que vem recebendo muitos refugiados venezuelanos.
Como a temática dos refugiados cai nos vestibulares?
Nos vestibulares, a crise dos refugiados também pode aparecer, tanto na seleção de questões quanto no tema da redação. "Os exames, nos últimos anos, têm cobrado de maneira bem incisiva o tema dos refugiados, seja com questões conceituais, como O que são refugiados? ou O que são apátridas?, até questões específicas sobre alguns eventos e localidades", diz Fuentes.
Para estudar esse assunto, o professor aponta algumas dicas:
1 - Realizar questões de anos anteriores
2 - Buscar estar sempre atualizado, tanto pelas aulas quanto pelos portais de notícias
3 - Conhecer dados estatísticos e os principais relatórios mundiais, como o da ACNUR
4 - Questionar e pesquisar os motivos por trás das maiores crises de refugiados
Além disso, o professor ressalta que, segundo o relatório mais recente da ACNUR, 52% dos refugiados saíram de três países, Síria, Afeganistão e Ucrânia. Portanto, começar os estudos pelos conflitos envolvendo esses países é uma boa estratégia, partindo depois para a análise das localidades que mais acolhem os apátridas: Turquia, Irã, Colômbia, Alemanha e Paquistão.
Em suma, cabe ao estudante manter uma postura crítica diante do tema, questionando os motivos dos deslocamentos, a escolha dos novos destinos e as consequências para o cotidiano humano.