O Ministério da Educação (MEC) anunciou em entrevista coletiva de balanço do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 que uma questão de matemática, sobre a gripe H1N1, será anulada porque já foi utilizada no Enem aplicado a pessoas em privação de liberdade (Enem PPL) em 2010. A questão é a de número 117 da prova amarela, 164 da azul, 93 da rosa e 115 da cinza.
Outra questão, sobre o padrão de contagem de um povo indígena, também não é nova, mas não será anulada. Esta questão foi usada numa prova do vestibular da Universidade Estadual de Goiás (UEG). No Enem, a questão aparece como a 168 da prova amarela, 179 azul, 148 rosa e 164 cinza.
Durante a coletiva foi anunciado o lançamento de um edital para selecionar professores e especialistas para elaborar novas questões para o Enem a falta de questões novas para aplicar a prova.
Reaplicação do Enem
Os estudantes que se sentiram prejudicados ou não puderam fazer a prova e querem realizar o Enem 2023 podem entrar com um pedido de reaplicação a partir desta segunda (13/11) até o dia 17 de novembro. Os pedidos podem ser feitos na Página do Participante.
A medida tem como objetivo atender os candidatos que foram colocados em escolas a mais de 30 km de suas casas por erro da empresa contratada para aplicar o Enem ou porque tiveram algum problema de saúde ou de outro tipo.
Os casos serão analisados por uma comissão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pelo Inep.
A reaplicação será nos dias 12 e 13 de dezembro, quando ocorre o Enem PPL, para pessoas privadas de liberdade.
Gabarito
O gabarito do Enem 2023 está previsto para terça-feira (14/11). A previsão inicial era divulgá-lo até 24 de novembro.
Abstenção
Balanço divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) indica que 32% dos inscritos não participaram do segundo dia de prova do Enem 2023, realizado neste domingo (12/11). No primeiro dia prova (5/11), a abstenção havia sido de 28,1%.
Isso significa que cerca de um terço dos cerca de 3,9 milhões de inscritos faltaram às provas.
O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou durante coletiva de imprensa de balanço do segundo de dia de aplicação do Enem que o MEC pretende implementar, a partir de 2024, ações para ampliar o número de concluintes do ensino médio que se inscrevem e fazem o Enem. A ação deverá ser realizada em conjunto com os estados e municípios.
Dependendo do estado, há uma variação grande da quantidade de alunos da 3ª série que fazem o Enem: em 2022, a porcentagem oscilou de 83,1% no Ceará a 32,1% na Bahia. Em São Paulo, 40,3% dos egressos do ensino médio fizeram o Enem e em Minas Gerais, 40,5%. Os dados foram divulgados pelo Inep, durante o lançamento do Censo da Educação Superior 2022.
Outra medida em discussão é a suspensão da cobrança de taxa de inscrição no Enem.
Enem permanece igual em 2024
De acordo com o presidente do Inep, Manuel Palacios, o Enem de 2024 seguirá o mesmo padrão da prova deste ano. Mudanças possivelmente só serão realizadas a partir de 2025, depois de um processo de avaliação e discussão que deverá ocorre no primeiro semestre do ano que vem.
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