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Enem 2023: questões enfocam racismo, desigualdade e violência de gênero

Segundo coordenador do Poliedro, prova se organizou em torno de grandes temas e problemas nacionais, possibilitando um olhar integrado para o país

| Da Redação -

No primeiro dia do Enem, os candidatos responderam questões de linguagens e humanas (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
 

A prova do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 abordou, nas 90 questões de linguagem e ciências humanas, os grandes temas e problemas nacionais, lançando um olhar integrado para o Brasil. 


"A prova tem uma amplitude nacional. Abordou a cidade, o espaço urbano, o espaço rural e o espaço do campo em diferentes formas. Cada espaço tem suas peculiaridades, mas, mesmo assim, o Enem trabalha com temas e abordagens que fazem com que nós olhemos de forma integrada para as problemáticas brasileiras", analisa do coordenador Pedagógico do Poliedro, Natanael Soares de Barros.  


Entre os temas de destaque, estão pontos como violência de gênero e violência racial, além de explorar todas as questões relacionadas às invisibilidades de vários grupos identitários na sociedade. Tudo isso em torno de dois polos nos quais a prova discorreu do início ao fim, o espaço urbano e o espaço rural.  


"No espaço urbano, todos os enunciados, todas as propostas e as reflexões que a prova trazia faziam referência às mazelas da sociedade em destaque. Gosto de enfatizar que estamos falando da pobreza, da miséria, da desigualdade que existe nesse espaço urbano", detalha Barros chamando a atenção para a presença desses temas em muitos enunciados das questões de humanidades e de linguagens.  


No que diz respeito ao espaço rural, o coordenador do Poliedro destaca as múltiplas regionalidades e suas diferentes culturas, bem como os processos econômicos que marcam o campo em especial, no que diz respeito ao consumo sustentável e práticas sustentáveis levando os candidatos a refletirem sobre esses assuntos.  


Outro destaque são as violências raciais. "Dentro deste assunto, vou destacar um dos textos colocados, que foi o texto de Olavo Bilac, acerca das mazelas da escravidão. Os demais textos que envolvem violência de gênero, violência racial e a invisibilidade dos grupos identitários na sociedade contribuem para que o leitor tenha argumentos, tenha uma bagagem cultural para que ele consiga construir um texto, uma redação no final", analisa do professor.  


Ou seja, para ele, os enunciados e as perguntas dialogaram entre si, contribuindo para que o estudante construísse um repertório que pode ser útil para elaborar um raciocínio argumentativo na hora da redação.  


Ainda pensando na questão da violência de gênero e violência racial, vale destacar que esse processo das invisibilidades dos grupos identitários da sociedade ganhou espaço. Ou seja, pautas e temáticas relevantes para a sociedade atual estão presentes nos textos-base do Enem e, justamente por ser uma prova de nível nacional, faz com que as pessoas reflitam sobre questões que muitas vezes não estão em sua perspectiva.  


Um destaque, na visão de Barros, é a questão da violência de gênero é abordada através de Lina Bo Bardi, que é uma arquiteta e construtora do Museu de Arte de São Paulo (Masp).  


"O texto trata de toda a questão que envolve a propriedade intelectual dela e a construção que ela fez a respeito do projeto, e todo o mérito foi dado ao seu marido, não a ela. Trata-se de um processo de descaracterização dela, afinal, ela construiu, e o texto deixa muito claro isso, mas a atribuição é feita a outra pessoa. O texto faz uma reflexão exatamente sobre esse processo de autoria e essa invisibilidade da figura de Lina Bo Bardi".


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