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Foco e disciplina levam enfermeira à Medicina da Unicamp

Conheça a história de Victória Corat, de Campinas (SP), aprovada em um dos vestibulares mais concorridos, mesmo se dividindo entre trabalho e estudo

| Da Redação -

A estudante Victória Corat ao saber que foi aprovada em Medicina na Unicamp (Foto:Acervo Pessoal)
 

Foram muitos anos de estudos e dedicação para que a técnica de Enfermagem Victória Barbosa Corat pudesse ler o próprio nome na lista de aprovados da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).  

 
A estudante, vinda de escola pública, encarou desafios e precisou de muita disciplina durante até celebrar essa conquista.  

 
Após três anos de cursinho, pandemia, uma quase desistência e seis horas de trabalho diário em um hospital de Campinas, Victória realizará o sonho de cursar Medicina neste ano.  


"Comecei a fazer cursinho em 2019 e em 2020 eu passei para a segunda fase, mas não consegui aprovação. Foi aquele ano pesado de pandemia e isolamento social. Eu estava me sentindo desmotivada, desacreditada, e acabei desistindo. Tinha a sensação de que a vida de todos andava e a minha estava estagnada, então decidi trabalhar na área pois, sou técnica de Enfermagem. Consegui um emprego e fui contratada no mesmo dia que descobri que não fui aprovada. Foi bom porque não fiquei em casa remoendo, e então optei em apenas trabalhar", conta Victória. 


"É até engraçado, porque eu desisti, mas parece que a Medicina foi atrás de mim. Trabalhando diariamente no hospital, eu vi que era aquilo que eu realmente queria para a minha vida. Todos os dias em contato com a Enfermagem, com a Medicina, decidi que era isso que eu buscava e defini que voltaria a tentar."  


Trabalhando das 12h às 18h, o maior desafio era conciliar trabalho e estudos. A estudante perdia várias aulas por conta do emprego no hospital, mas compensava com resolução de exercícios, elaboração de redações e estudo aos finais de semana.  

A orientação pedagógica foi fundamental na elaboração de um cronograma de estudos e no apoio emocional. "Com pouco tempo de estudo sozinha e perdendo várias aulas, eu achei que não ia conseguir. Porém, a orientação me ajudou a perceber que eu não conseguiria estudar tudo, mas isso não me impediria de conquistar a aprovação desde que mantivesse a disciplina. A minha rotina de estudos era limitada. Entrava no cursinho às 7h30 e ficava até o intervalo. Atravessa a rua, ia ao serviço e saia às 18h, atravessava a rua novamente e estudava no Poliedro até às 21h", explica.

 
Quando chegou mais próximo do vestibular, Victória mudou a estratégia de estudos. Para acompanhar as revisões do cursinho, ela conseguiu mudar o horário de trabalho e começou a entrar no hospital às 16h. Dessa maneira, ela poderia estudar a revisão com os professores no período da manhã. "Eu consegui assistir todas as aulas da manhã e as duas primeiras aulas da tarde. Acompanhar as aulas me deixou mais segura e eu prestava atenção nas dicas mais importantes e direcionadas que os professores me passavam".
 

A notícia da aprovação chegou na última semana, dia 13. Após não ser aprovada na primeira chamada, a estudante conseguiu permanecer calma e manteve a esperança de ser aprovada na segunda. Com a classificação geral em mãos, a estudante percebeu que estava muito perto da aprovação. 


"Eu estava no meu serviço, onde todos me apoiaram durante todo o ano, e desliguei meu celular para não receber notícia da aprovação, ou não receber nenhuma notícia que significaria que eu não passei. Queria ler meu nome na lista. Quando vi, eu só chorava. Foi um sentimento de alívio e realização. Todos que estavam próximos de mim naquele momento conseguiram sentir o que eu estava sentindo. Entendo que toda minha trajetória, a maturidade que ganhei no hospital, conhecimento que adquiri no trabalho, só vai acrescentar na minha vida profissional. Meus pais também ficaram extremamente felizes. Foi a realização do meu sonho e de toda minha família que sonhou junto comigo", celebra Victória.


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