Desde 1887, quando Rita Lobato Velho Lopes se formou médica pela Faculdade de Medicina da Bahia, as mulheres vêm conquistando espaço na educação e no mercado de trabalho. Em 2017, elas eram 57% dos mais de 8 milhões de universitários do país, 55% dos ingressantes e 51% dos concluintes dos cursos de graduação, segundo o Censo do Ensino Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Algumas instituições de ensino se destacam quando o assunto é a presença feminina. Um levantamento realizado pelo Quero Bolsa, a partir do Censo do Ensino Superior, indica quais são as universidades com maior representatividade feminina. A amostra considera as universidades com mais 5 mil alunos. Veja quais são:
Universidade do Estado da Bahia (Uneb): tem a maior proporção de alunas mais 15 mil mulheres, o que representa 67,3% do total de alunos.
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes): 63,2%.
Universidade Estadual de Goiás (UEG): 62,5%.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb): 62,4%.
Universidade Estadual de Alagoas (Uneal): 61,7%
As são maioria absoluta nos cursos da área de saúde, educação, ciências sociais e serviços, os homens dominam os cursos de exatas.
Nos cursos de saúde, as mulheres são 75% dos concluintes. Na área de educação também são 75%. Em computação e tecnologia da informação, elas são apenas 13,8% e nas engenharias, 37,4%. Vale destacar que as carreiras de tecnologia são as que melhor pagam.
Essa diferença ajuda a entender a desvantagem das mulheres quando o assunto é remuneração. De maneira geral, elas ganham menos do que os homens: as mulheres ganham, em média, R$ 1.764 e os homens R$ 2.306. Ou seja, a remuneração média das mulheres equivale a 76% da dos homens, segundo o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), "Indicadores sociais das mulheres no Brasil", de 2018.