Publicidade

noticias

Cai número de pretos e pardos aceitos pelo vestibular da USP em 2016

Medicina reduziu pela metade o número de ingressantes dessas etnias

| ViaEPTV -

O número de alunos pretos e pardos aceitos em 2016 pelo vestibular da Universidade de São Paulo (USP) caiu em relação ao ano anterior. Em 2015, o total de pretos ingressantes na universidade foi de 391, ou 3,5% do total. Em 2016, no entanto, o número é menor: 328, ou 3,2%. A quantidade de pardos matriculados em 2015 foi de 1.642 (14,8%); em 2016, o número de pardos aceitos foi de 1.427, ou 14,0%. Os dados, divulgados nesta quinta (30), são da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest).

Os alunos brancos são a maioria dos ingressantes na USP pelo Vestibular 2016: 7.728, ou 75,8% do total, seguido dos pardos (1.427 ou 14%), amarelos (692 ou 6,8%), pretos (328 ou 3,2%) e indígenas (19 ou 0,2%).

O curso de Medicina, um dos mais concorridos da USP, reduziu pela metade o número de pretos ingressantes em relação ao ano anterior. Em 2015, dos 300 aprovados pela vestibular, 234 (78%) eram brancos; 4 (1,3%), pretos; 30 (10%), pardos; 32 (10,7%), amarelos; e nenhum indígena. Em 2016, dos 298 ingressantes, 238 (79,9%) são brancos; 2 (0,7%), pretos; 22 (7,4%), pardos; 36 (12,1%), amarelos; e nenhum indígena.

Houve diminuição também na quantidade de estudantes oriundos de escola pública que foram selecionados pelo vestibular da USP. Em 2015, os alunos que cursaram todo o Ensino Médio em instituições públicas do Estado e foram aprovados pela Fuvest totalizaram 3.853 (ou 34,8% do total). Em 2016, o número de estudantes de escolas públicas foi 3.121, ou 30,6% do total.

Alunos do movimento negro na USP têm feito várias manifestações nos últimos meses cobrando a adoção de cotas para negros na universidade. A USP não adota cotas raciais em seu vestibular.

“Precisamos derrubar os portões que impedem negros, indígenas e estudantes de baixa renda de estudarem na Universidade de São Paulo. Todas as universidades federais brasileiras já possuem uma política de cotas. E, pelo menos, 30 das outras 36 universidades estaduais, desde 2003, reservam vagas como parte de uma política de inclusão social”, diz manifesto divulgado pelo movimento.

No dia 16 de junho, os estudantes ocuparam parte do prédio da reitoria da universidade, onde ocorria uma reunião do Conselho de Graduação, em que se discutia propostas de inclusão social na instituição. Os estudantes reivindicavam que o conselho incluísse em sua pauta a adoção de cotas para negros e indígenas na universidade.

A reitoria de USP foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou. 


Publicidade

Últimas Notícias

Feira de Estágios online reúne mais de 27 mil vagas em todo o país
Google e CIEE abrem 60 mil bolsas para cursos de tecnologia
Lives abordam mercado de trabalho em Gestão e Tecnologia
Centro Paula Souza oferece cursos online em diversas áreas
Startup oferece curso online e gratuito sobre empatia
Evento online do Senac debate novas tendências do mercado
Cinco profissões em alta para atuar no setor de eventos
Azul anuncia 40 vagas para Programa de Estágio 2022

Publicidade

Publicidade

Publicidade