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Pela primeira vez, Paulo Ricardo lança um disco solo estando em paz com o RPM

Em "Novo Álbum", ele deixa para trás definitivamente a fase romântica

| ViaEPTV -

Pela primeira vez, Paulo Ricardo lança um disco solo sem estar “de mal” com sua eterna banda, o RPM. É ele mesmo quem revela isso nesta entrevista, em que fala sobre o “Novo Álbum”, título escandalosamente autoexplicativo. Em fase família, colocou seu filho Luís Eduardo na foto da capa e incluiu a balada folk “Isabela”, feita em homenagem à filha. E confessa que ficou contente que o “SuperStar”, programa da Globo do qual é jurado, passou das noites para as tardes de domingo, porque “com três filhos pequenos, a gente acorda cedo todo dia”. Neste décimo álbum de sua carreira solo, Paulo Ricardo tenta descobrir quem, hoje, são seus fãs: os remanescentes do furor adolescente chamado RPM dos anos 80, as balzaquianas de sua fase romântica, a geração mais nova que o conheceu nos programas de TV ou, quem sabe, um pouco disso tudo.

Este álbum tem pop, rock, folk, eletrônico, deixando pra trás definitivamente a fase romântica. Como foi a concepção desse trabalho?
O conceito do novo permeia todo este momento, o que é muito gratificante pra quem tem 30 anos de carreira. É a primeira vez que lanço um disco solo com o RPM em atividade, estou num momento de muita harmonia com a banda. Fiz a música “Novo single”, que brinca com essa coisa do novo, na publicidade, no consumo de um modo geral. A partir dela, me dei conta de que estava cercado de coisas novas: um álbum novo de músicas inéditas, gravado por uma nova banda, e estávamos preparando um novo show. E nada mais justo que colocar minha nova família, meu filho na capa e uma canção pra minha filha Isabela. Então pude me distanciar da sonoridade do RPM e utilizar tudo aquilo que sempre ouvi. E também realizar a experiência que sempre quis, de colocar toda a banda num estúdio e gravar ao vivo. O que permeia o disco todo é a busca do orgânico, a energia do ao vivo.

Na verdade, é a primeira vez que você lança um disco solo sem ter brigado com o RPM, que inclusive iria lançar um álbum que acabou adiado. A quantas anda o trabalho com a banda?
A gente tinha combinado de voltar, após a turnê da MTV, apenas se tivéssemos um trabalho de inéditas. Em 2011, lançamos o “Elektra”, com duas faixas inéditas e um disco só de remixes. É difícil pra gente colocar uma disciplina numa banda em que as pessoas têm outros interesses, e tivemos algumas mudanças radicais, como de escritório. Fomos também mudando de estúdio, entre outras coisas práticas que atrasaram o início do trabalho. Quando decidimos que era hora de lançar outro disco, o Schiavon sofreu um pequeno acidente, quebrou uma vértebra e não pôde participar muito bem. Achamos que o disco ficou muito pesado para o RPM. Concordamos que era melhor nos distanciar desse material e compor novas músicas. Mas continuamos com a turnê do “Elektra”, que é um sucesso, e só vamos mudar o show quando lançarmos o novo trabalho. O novo CD já tem nome, “Deus Ex. Machina”, metade dele está praticamente pronta, mas precisamos mergulhar nele. Então combinamos que neste ano iríamos focar nos nossos projetos, sem deixar de fazer os shows do RPM.

Você tem apresentado o novo show em algumas capitais, com um repertório que traz também velhas canções. É uma exigência do público?
Toda artista tem um compromisso com seus fãs de tocar os grandes sucessos. Ninguém imagina um show dos Stones sem “Satisfaction” ou do Paul McCartney sem “Hey Jude”. Como o RPM está em atividade, não preciso colocar muitas músicas da banda, mas não posso deixar de tocar os grandes sucessos, aqueles que têm que estar em qualquer show que faço. Mas também passo pelos sucessos da carreira solo e permito um ou outro cover. Neste show, homenageamos o David Bowie, com “Let’s dance”. O legal é que as músicas novas se misturam com as antigas de uma forma muito coesa. O roteiro representa bem a minha carreira de um modo geral. Posso dizer que é um show comemorativo dos 30 anos de carreira, porque todas as fases estão representadas.

Além do disco novo, nessa sua volta à Universal também está prevista uma revisão de catálogo. Como será isso?
Estive 10 anos na Universal, então faz parte dos nossos projetos o relançamento de algumas coisas que estão fora de catálogo. Não estamos pensando nisso ainda, porque é hora de focar no novo álbum. Mas mais ou menos nos moldes que lançamos o box pelos 25 anos do RPM pela Sony, pensamos em fazer algo da carreira solo.

Além dos shows solo e com o RPM, você teve que colocar na sua agenda os compromissos com a nova temporada do “SuperStar”. Como está sua expectativa pra volta do programa, no dia 10 de abril?
Estou super contente com as mudanças. Adoro o Thiaguinho, mas a Daniela (Mercury) tem muita facilidade pra colocar suas opiniões e isso vai agregar aos jurados. E tem também a mudança de horário. Depois do “Fantástico”, era muito tarde pra quem tem que acordar cedo pra trabalhar na segunda, eu inclusive. Com três filhos pequenos, a gente acorda cedo todo dia. Agora vamos para as 13h, no lugar do “The Voice Kids”, e só isso vai dobrar a audiência. Estou muito à vontade, já sei do rigor e do amor que a equipe tem na seleção das bandas. O programa contempla todo tipo de bandas, mas o grosso está no pop rock e sei que o nível está lá em cima. O rock continua vivo, se renovando, e tenho certeza de que esta temporada vai revelar novas grandes bandas.

Você sempre esteve perto da TV, inclusive atuou como ator. Por que esse seu pé na dramaturgia ficou esquecido?
Dependo de convites pra trabalhar como ator, não é uma decisão minha. Tive convites pra musicais, mas isso exige uma disciplina muito grande. É ensaio todo dia, o dia inteiro, durante meses. Gostaria de fazer, mas teria que desistir dos meus shows. Novela é a mesma coisa. A experiência que tive na novela “Esperança” foi maravilhosa, contracenei com Raul Cortez, John Herbert, Ana Paula Arósio, Reynaldo Gianecchini... Mas só entrei nos três últimos meses da novela, e tinha os finais de semana pra fazer os shows com o RPM. Dentro desse quadro, faria novamente, mas não surgiu nenhum convite, apesar do meu trabalho ter sido bem recebido dentro da Globo, pelo público e pela crítica. Mas entendo que o cantor fica um pouco marcado, e acaba caindo naquele estereótipo de filme de Elvis.

Você surgiu como um ídolo adolescente e atravessou várias fases nestas três décadas. Hoje você consegue traçar um perfil do seu fã?
Não. [Risos] Não dá pra ter um perfil unidimensional. Mas o que tenho visto nos shows, nos camarins, é que há uma nova geração, de uns 20 anos, que ouviu RPM por influência dos pais ou dos irmãos e que entende que foi um período muito fértil pro rock nacional e curte as bandas daquele período. Tenho muitos fãs daquela fase solo que ficou caracterizada pelas baladas mais românticas. E tem aquele pessoal que, com o retorno do RPM, voltou a nos acompanhar e veio com os filhos. Acho que o pop rock tem uma presença maior de São Paulo pra baixo, mas tenho ido muito ao Norte e ao Nordeste. Nas minhas redes sociais tem gente de todo tipo, mas dá pra dizer que 60% é feminino, a grande maioria tem de 25 a 50 anos, mas não dá pra definir um perfil. Mesmo no novo álbum, as canções falam com públicos diferentes. Mas tenho sentido que sou muito bem recebido no segmento que chamamos de adulto contemporâneo. Agora, o show tem uma pegada muito rock. E o fato é que, com o novo álbum e o novo show, vou descobrir quem é o novo público. 


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