A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) conseguiu, antecipadamente, atingir a meta aprovada em 2013 pelo Conselho Universitário (Consu) para a inclusão social nos seus cursos de graduação. Dos 3.320 aprovados na primeira chamada do Vestibular 2016, 1.714 fizeram o Ensino Médio em escolas da rede pública de ensino, o que representa 51,9% do total.
A meta do Consu estabelecia que a Unicamp atingisse 50% de alunos oriundos da rede pública em 2017. A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) divulgou os índices de aprovados nesta sexta (12), após a publicação da lista de convocados em primeira chamada. Além desse, outro índice foi ultrapassado: o de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. Dos 51,9% de aprovados da rede pública, 43% (738 estudantes) são autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. A meta aprovada pelo Consu era de 35%.
Os números divulgados são resultado das mudanças promovidas no ano passado no Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) e que foram aplicadas pela primeira vez no Vestibular 2016. Os pontos do programa para alunos da rede pública de ensino que prestam o vestibular dobraram e passaram a valer também na primeira fase.
Até o Vestibular 2015, a pontuação era aplicada somente após a segunda fase. Assim, todos os candidatos que fizeram o Ensino Médio integralmente em escolas públicas receberam, no Vestibular 2016, 60 pontos na primeira fase e outros 90 pontos na segunda fase. Os candidatos de escola pública autodeclarados pretos, pardos ou indígenas receberam, além desses, outros 20 e 30 pontos, respectivamente, na primeira e na segunda fases.
As informações completas por curso serão divulgadas no final de todas as chamadas do vestibular. Estão previstas até 10 listas de convocados para matrícula.
A Comvest registrou um número recorde de inscritos no Vestibular 2016: 77.760 candidatos. Os candidatos concorreram a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp.