O envelhecimento da população brasileira, observado nos últimos anos devido a fatores como o desenvolvimento da medicina e a melhoria da infraestrutura, que contribuem para o aumento da expectativa de vida, tem ampliado um interessante campo de trabalho para os fisioterapeutas: a prevenção e o tratamento de disfunções decorrentes da idade avançada. Quem chama a atenção para esse fato é o professor Airton José Martins, mestre em Ciências Morfológicas pela Unicamp e graduado em Fisioterapia pela PUC-Campinas, onde é diretor da Faculdade de Fisioterapia.
“O mercado de trabalho para o fisioterapeuta está em constante expansão, e novas áreas de atuação têm se consolidado além das já tradicionais”, reforça Martins. O curso de Fisioterapia tem duração de cinco anos, período em que o estudante terá aulas de disciplinas como anatomia, biologia, fisiologia, bioquímica, sociologia, antropologia, psicologia, direitos humanos, cinesiologia e cinesioterapia, entre outras.
“O aluno recebe uma formação generalista e, após se formar, está habilitado legalmente a atuar no mercado de trabalho”, explica Martins. “Para quem quer se especializar, existem diversos cursos, incluindo uma crescente oferta de programas de residência em saúde”.
O diretor diz que o perfil esperado do estudante de Fisioterapia é o de um aluno crítico, reflexivo, ético, flexível e preocupado com a melhoria da saúde da população. “O aluno deve também se identificar com as áreas de ciências biológicas e da saúde e estar disposto a estudar bastante”, antecipa.
Após se formar, ele poderá trabalhar em diversas áreas, como prevenção e reabilitação física, esportiva, saúde da família e do trabalhador, oncologia, perícia judicial, geriatria, acupuntura e dermatofuncional (estética). Poderá atuar em centros de reabilitação, clínicas especializadas, equipes e clubes esportivos, home care, ambulatórios, centros de saúde e educação superior, entre outros.
O Projeto de Lei 988/2015, em tramitação, adiciona um dispositivo à Lei nº 8.856/1994, que fixa a jornada de trabalho dos fisioterapeutas em 30 horas semanais, e estabelece que o piso mínimo para a categoria seja de R$ 4.650,00, com reajuste anual indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).