A UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) vai implementar, a partir deste ano, o vestibular seriado, que permitirá que os alunos do Ensino Médio façam provas anuais ao longo de três anos, com o objetivo de ingressar na universidade em 2028. Os estudantes que estão atualmente na 1ª série do Ensino Médio já deverão iniciar esse processo ainda em 2025, realizando a primeira prova ao final do ano.
A proposta é que, ao longo dos três anos do Ensino Médio, os candidatos façam exames que avaliam o conteúdo de cada série. Assim, no ano 1 do processo, a prova será sobre o conteúdo da 1ª série; no ano 2, sobre o conteúdo da 2ª série; e, finalmente, no ano 3, o estudante escolherá um dos 94 cursos de graduação disponíveis e participará da última etapa do processo seletivo, com o conteúdo da 3ª série.
A UFMG reservará 30% das vagas para esse novo modelo de seleção, que coexistirá com o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), o processo seletivo com base no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e outras formas de ingresso já existentes, como o Vestibular Habilidades, destinado a cursos da Escola de Belas Artes e da Escola de Música, e processos específicos para Licenciaturas em Letras-Libras e Educação do Campo, entre outros.
A reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, destacou a importância dessa mudança. "Chegamos ao nosso modelo de seleção de estudantes de graduação por meio da avaliação seriada após um processo cuidadoso que incluiu amplo debate. Uma das ideias que guiaram esse esforço é a de que diversificar as formas de ingresso favorece a inclusão de um público ainda mais diverso na Universidade", explica. Ela também ressaltou o papel do novo processo na aproximação da UFMG com as escolas de educação básica.
Outro aspecto relevante da avaliação seriada é a possibilidade de isenção parcial ou integral da taxa de inscrição para candidatos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, garantindo que mais estudantes tenham acesso ao ensino superior.
Os alunos que optarem por esse novo modelo de vestibular terão a oportunidade de se preparar de forma gradual e progressiva. A expectativa é que essa mudança traga um impacto positivo na diversidade e na inclusão dentro da universidade, refletindo um compromisso com a formação de uma sociedade mais equitativa.
LEIA MAIS