
Mais da metade dos estudantes aprovados no vestibular 2023 da Universidade de São Paulo (USP) são oriundos de escolas públicas.
Das 10.662 vagas preenchidas, 5.714 são de alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas (54,1%), sendo que 2.020 estudantes são também pretos, pardos ou indígenas. É a maior porcentual atingido desde que a USP criou a política de reserva de vagas destinadas a esses estudantes em 2017.
As cotas foram adotadas de forma escalonada desde o vestibular de 2018, até atingir 50% das vagas reservadas para candidatos oriundos de escolas públicas.
No saldo final, o vestibular 2023 preencheu 10.662 das 11.147 vagas oferecidas, ou seja, 95,6% das vagas. As vagas remanescentes são disponibilizadas para transferência interna, transferência externa e para candidatos portadores de diploma de curso superior.
Os dados foram divulgados pela Pró-Reitoria de Graduação durante a sessão temática do Conselho Universitário que aconteceu no dia 25 de abril e discutiu as propostas e os desafios da Graduação na Universidade.
Mudança de perfil
A adoção das políticas de inclusão tem alterado o perfil socioeconômico dos estudantes da universidade, tornando-o mais diverso e inclusivo.
Uma novidade do vestibular 2023 foi a alteração na classificação dos estudantes inscritos para as políticas afirmativas. Neste ano, todos os candidatos concorreram, primeiramente, às vagas destinadas à ampla concorrência, independentemente da categoria em que se inscreveram.
Dessa forma, foram preenchidas antes as vagas para Ampla Concorrência, depois as vagas para escola pública, seguindo os critérios para essas vagas, e só depois as vagas para PPI.
A alteração foi adotada com o objetivo de ampliar as possibilidades dos candidatos EP e PPI, já que, além das vagas reservadas para cada grupo, esses candidatos disputaram também as vagas de ampla concorrência.
(Com informações do Jornal da USP, texto de Érica Yamamoto)
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