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Fuvest 2023 começa segunda fase com 7,24% de abstenção

Cerca de 2,1 mil estudantes deixaram de comparecer à prova; redação abordou relação entre refugiados ambientais e vulnerabilidade social

| Da Redação -

 

A segunda fase do Vestibular Fuvest é composta por questões dissertativas (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

 

O primeiro dia de provas da segunda fase do Vestibular Fuvest 2023 terminou com 7,24% de abstenção, ou seja, 2.185 faltantes entre os 30.155 candidatos convocados. Os estudantes fizeram as provas de Língua Portuguesa e a redação que teve como tema "Refugiados ambientais e vulnerabilidade social".   

 
A taxa de abstenção por cidade pode ser consultada no site da Fuvest

 
A prova pode ser consultada aqui.


Nesta segunda-feira, os candidatos seguem na segunda fase da Fuvest, com as provas de conhecimentos específicos.  


Leia mais sobre a segunda fase do Vestibular Fuvest 2023 aqui.  


A redação  

Com textos de Graciliano Ramos e Ailton Krenak, foto do livro "Êxodos", de Sebastião Salgado, e reportagens com dados e informações sobre o assunto, a Fuvest lançou luz sobre um tema de grande relevância atual, na expectativa de que os candidatos refletissem sobre os deslocamentos forçados por desastres ambientais assim como por aqueles causados pelas mudanças climáticas, que afetam principalmente grupos sociais mais vulneráveis e causam crises humanitárias. 


Segundo o professor Arthur Medeiros, coordenador de redação do Poliedro Curso, diferentemente de anos anteriores, em que a redação tematizou questões mais abstratas, no Vestibular 2023 banca explorou um tema que envolve dois problemas sociais bastante concretos: a desigualdade social e a influência das mudanças climáticas sobre as regiões e populações mais vulneráveis.  


"A coletânea de textos de apoio estava bem construída e fornecia base suficiente para que os candidatos pudessem tecer reflexões bastante úteis ao entendimento do tema", analisa o professor.  


Um dos textos dava ao candidato o entendimento do conceito de refugiados ambientais. "Apesar de associarmos a questão dos refugiados a guerras e conflitos, o texto deixava claro que a maior parte deles se veem nessa situação por conta de problemas ligados às mudanças climáticas e ao esgotamento do meio ambiente", detalha Medeiros.  


Além disso, dois dos textos mostravam dados do Relatório Groundswell, que evidencia o maior impacto que as mudanças climáticas têm nas regiões consideradas mais periféricas do mundo, como América Latina, África Subsaariana e Leste Asiático. "Como é tradição nas propostas da Fuvest, um texto literário também servia de motivação para as reflexões do candidato, mostrando, através da obra Vidas Secas, como esse problema também é evidente no contexto brasileiro", complementa.  


Na avaliação dele, o tema não foi difícil. Segundo ele, muitos candidatos treinam ao longo do ano as questões ambientais e o problema da desigualdade social e elas são comuns em propostas de redação.  


"O trabalho maior ao qual o candidato deveria se dedicar era o de refletir sobre essa questão e mostrar, com uma argumentação bastante consistente, o que é que leva determinados lugares do mundo a enfrentar esse desafio de forma tão mais alarmante do que outros", diz ele. "Também seria pertinente uma discussão sobre as próprias causas da vulnerabilidade social, que deixa milhões de pessoas à mercê das mudanças climáticas causadas pelo nosso modo de vida contemporâneo".


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