
Prova objetiva, prova discursiva, vestibular em uma fase, exames com questões interdisciplinares. Diante de tantos formatos diferentes, como se preparar para o vestibular? Como lidar com as características de cada processo seletivo?
Teo Sidarta, coordenador do pré-universitário do Colégio Rio Branco, dá orientações sobre como compreender esses diferentes tipos de provas, destacando que cada estudante deve traçar seu próprio caminho com base em estratégias mais eficazes para ele.
Faça simulados e estude os mais variados modelos
"Pegue sempre as provas dos anos anteriores de determinado processo seletivo e realize simulados para conhecer o perfil de cada exame, ficando atento aos estilos de perguntas e respostas de cada um", sugere o coordenador. "É preciso entender o que aquela avaliação espera do seu candidato".
Porém, não basta apenas treinar questões! É preciso criar hábitos: "estudo é, acima de tudo, ritmo, portanto o ideal é simular a situação mais próxima da real, realizando simulados nos dias da semana e horários em que o próprio vestibular irá ocorrer.
E por falar em cadência, é preciso que a rotina seja perene, obedecendo a um limite possível dentro da capacidade do candidato, sem excessos às vésperas, tampouco sem abstenção nos meses menos turbulentos".
Outra dica é fracionar a prova da forma como se sentir mais confortável, dividindo-a em matérias ou áreas do conhecimento para responder às questões. Assim, é possível compreender os componentes e as melhores estratégias para realizá-la.
Crie conexões e reflita sobre os diferentes tipos de questões
Para estar preparado para qualquer situação de exame, Sidarta destaca a importância de fazer conexões e compreender a construção de diferentes perguntas: "se certa questão for sobre um conteúdo pouco estudado, o treinamento auxilia na construção de um raciocínio que pode ajudar o candidato a desenvolver melhor a resposta, ainda que não esteja tão confiante".
O coordenador sugere, ainda, que o vestibulando olhe gabaritos elaborados por diferentes instituições após a realização de um simulado e, depois, refaça tudo novamente. "Ao refazer, o estudante entende o raciocínio por trás da resposta, o caminho a ser percorrido, ganhando mais recursos para encontrar diferentes meios de chegar a ela", completa.
Além disso, é fundamental estudar vestibulares com diferentes abordagens técnicas, reflexivas, interpretativas, objetivas ou subjetivas. Quando se entende os diferentes estilos e as grandes distinções entre os exames, a fluidez no momento da prova aumenta, pois as conexões ficam mais claras, desenvolvendo-se novas percepções.
Por fim, busque a identificação com a universidade
"Analisar o perfil das avaliações faz parte da preparação, mas é apenas uma etapa. É importante conhecer aspectos como, por exemplo, campus, corpo docente, currículo e atividades, para que o aluno desenvolva um sentimento de pertencimento à instituição", afirma o coordenador do Colégio Rio Branco.
Para ele, "identificar-se é fundamental para uma experiência universitária rica e prazerosa, visto que o vestibular é um instrumento para ingressar nessa realidade". Além disso, esse processo tem relação com o Projeto de Vida incluso no Novo Ensino Médio. Sidarta, então, conclui: "a prova é uma pequena etapa para o que é o Projeto de Vida se concretize".