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6 filmes nacionais para se preparar para o Enem e vestibular

A produção cinematográfica é um bom meio para se familiarizar com o Brasil em diferentes épocas e contextos

| Da Redação -

Os longas metragens ajudam a ampliar o repertório cultural dos vestibulandos
 

Em junho, comemora-se o Mês do Cinema Brasileiro. A data é uma homenagem ao primeiro cinegrafista e diretor do país, o ítalo-brasileiro Afonso Segreto, que registrou as primeiras imagens em movimento no território brasileiro, em 1898.  

 
Desde então, as produções nacionais vêm se enriquecendo, graças às contribuições de importantes profissionais da área, como Glauber Rocha, Walter Salles, Luiz Carlos Barreto, Eduardo Coutinho, Helena Solberg, Fernando Meirelles, Tata Amaral, Anna Mulayaert, Kleber Mendonça Filho, entre outros.
 

A memória cinematográfica brasileira é um retrato da história do país. As telonas refletem, desde a primeira produção, os avanços tecnológicos, o contexto social e político, o imaginário popular e a rica e diversa cultura que abrange o Brasil.  

 
Como a lista é bastante ampla, André Freitas, autor do material de geografia, professor e gerente de projetos pedagógicos do Sistema de Ensino pH, selecionou seis filmes para ajudar os estudantes a se inteirarem de algumas obras nacionais, e, de quebra, aumentar o seu repertório cultural para os vestibulares. Confira abaixo:

O ano que meus pais saíram de férias
O ano que meus pais saíram de férias se passa em 1970, sob o contexto da Copa do Mundo e da ditadura militar (1964-1989). "O filme faz uma ligação com a Copa de 1970, com a forma como os eventos esportivos acabavam sendo apropriados pelo Estado ou por Governos para promover ou para mascarar determinadas políticas e a repressão da época", explica Freitas. A obra é um retrato daquele período e mostra o olhar de um garoto de 12 anos sobre questões ligadas ao movimento de resistência à ditadura e aos militantes de esquerda.


AmarElo Tudo é para ontem
O documentário de 2019 do Emicida, AmarElo Tudo é para ontem, aborda, sobretudo, a questão do negro dentro da sociedade brasileira, resgatando desde a escravidão, o histórico do trabalho em São Paulo e a questão imigratória. "Ele também passa por temas ligados à geografia, como a gentrifição, fala sobre periferia e entra muito na questão da cultura do Hip Hop. Então, aqui você tem uma questão que pode entrar para história, geografia, até para área de linguagens, devido à quantidade de temáticas abordadas", sugere o autor.
 

Sob a pata do boi
O documentário Sob a pata do boi fala sobre o agronegócio no país e o conflito causado pelo avanço da pecuária sobre a área verde. "O filme levanta questões acerca da bandeira econômica do Brasil e até mesmo cultural na Amazônia, do papel dos grandes frigoríficos e das grandes fazendas no processo de desmatamento. Então, é um documentário importante para gerar debates sobre um tema tão em alta, que é o desenvolvimento sustentável."
 

Vidas Secas
Dirigido por Nelson Pereira dos Santos, um dos precursores do Cinema Novo em 1963, Vidas Secas tem o roteiro baseado no livro homônimo de Graciliano Ramos. Ele retrata uma família que, pressionada pela seca, atravessa o sertão em busca de meios para sobreviver. "Mesmo tendo sido escrito há muito tempo, não deixa de ser atual, o livro, inclusive, é um dos mais cobrados nos exames de vestibulares mais um motivo para assisti-lo, além do fato de ele ter ficado na 3ª posição na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos", ressalta Freitas.


Central do Brasil
O filme Central do Brasil, dirigido por Walter Salles, é estrelado por Vinicius de Oliveira, ao lado de ninguém menos que Fernanda Montenegro, em 1998. A história gira em torno de uma professora aposentada que trabalha como escritora de cartas para pessoas analfabetas na Estação Central do Brasil, e que ajuda Josué, um garoto cuja mãe morreu atropelada por um ônibus, a encontrar seu pai no Nordeste. "Essa procura pode ser interpretada como a procura de um outro Brasil, um Brasil novo, diferente daquele de 1998, que estava quebrado e estagnado economicamente. É um filme que retrata situações e pessoas comuns, sem recursos financeiros, que se deslocam no mundo movidas por tensões e que tentam resolver seus conflitos." O autor ainda reforça que o início do filme mostra a situação de um país com uma educação desigual, sendo que, quase 25 anos após o seu lançamento, o Brasil ainda registra 11 milhões de analfabetos de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua de 2019.


Que Horas Ela Volta
Filme escrito e dirigido por Anna Muylaert em 2015. Ele retrata os atritos que acontecem entre Val, uma empregada doméstica, e seus patrões de classe média alta. "O filme explicita a relação patrão-empregado e a hierarquia que existe entorno. Val é aquela típica empregada doméstica que trabalha anos em uma mesma casa, é como se fosse da família, mas que raramente se senta à mesma mesa que os patrões. É a filha, inclusive, que, ao passar um tempo com a mãe na casa dos patrões, traz à tona diferenças sociais que até então eram veladas. O filme, portanto, é uma crítica às desigualdades da sociedade brasileira", conclui André.



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