Onde estão os estudantes que venceram o Virando Bixo desde que o simulado foi criado em 2000? O que aconteceu com elas e eles? Como foram suas trajetórias na universidade? Que carreiras seguiram? Estão trabalhando? Onde? Em quê?
Essas perguntas foram o ponto de partida de uma série de reportagens especiais que o Virando Bixo começa publicar esta semana para comemorar o aniversário de 20 anos do simulado. Nesta primeira matéria, contamos a história de Bruno Frare, vencedor do Virando Bixo,na categoria Vestibulando em 2014.
O Virando Bixo é um projeto da EPTV para concebido especialmente para apoiar os estudantes que estão se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares por meio de simulados online gratuitos.
As inscrições para o Virando Bixo 2020 estão abertas. Basta fazer o cadastro AQUI. Para saber mais sobre o simulado, leia esta matéria.
O especial Virando Bixo 20 anos
Com muitas perguntas na cabeça e uma grande curiosidade para conhecer o destino dos vencedores do Virando Bixo, nossa equipe começou uma busca e conseguiu contato com alguns dos 40 vencedores ao longo da história do Virando Bixo.
As histórias todas de sucesso são surpreendentes! Muitos deles cursaram universidades de ponta e hoje estão fazendo pós-graduação no exterior, como é o caso de Bruno Frare, que faz doutorado em Engenharia Física na Universidade de McMaster, localizada em Hamilton, no estado de Ontário - onde fica Toronto, a maior cidade do Canadá.
Ser o primeiro colocado da categoria Vestibulando do simulado e ganhar o carro em 2014 foi uma surpresa, lembra Bruno, que abriu os caminhos para que o levaram ao Canadá. E o Fiat que ele recebeu como prêmio foi um grande companheiro, que o transportou de Morungaba, sua cidade natal, a Campinas, durante todo a graduação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Bruno foi para o Canadá em 2019, após ter ser graduado em dois cursos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): Física e em Engenharia Física.
"Minha primeira opção era McMaster, onde estou atualmente. Comecei meu mestrado em Engenharia Física aqui em maio de 2019 e o programa tem duração de 2 anos. Entretanto, quando eu estava próximo de completar um ano aqui, meu orientador me ofereceu a oportunidade de pular o mestrado e transferir para o doutorado", revela o estudante.
Assim, ele fez um exame de transferência e em maio de 2020 eu começou o doutorado, com duração de 4 anos. "Por causa disso ficarei alguns anos a mais do que o esperado, com previsão de conclusão até maio de 2024".
Além do desejo de morar em outro país e conhecer novas culturas, o Canadá foi o destino escolhido por Bruno porque lhe pareceu o lugar perfeito para ele realizar seu objetivo: participar de projetos de pesquisa aplicada em alta tecnologia e que pudessem impactar a sociedade.
"Como não é uma área muito desenvolvida no Brasil e considerando a crise político-econômica e os cortes de verba em pesquisa e educação, acabei decidindo tentar me inscrever para mestrados no exterior. O Canadá me atraiu pela qualidade de vida, oportunidades de bolsa e pelas parcerias entre universidades e empresas de alta tecnologia", detalha Bruno.
Ele não hesitou fazer tudo o que era possível para materializar seu sonho: entrou em contato com professores de universidades estrangeiras e se inscreveu diretamente em processos seletivos. N
Bruno acabou sendo aprovado em quatro universidades, três no Canadá e uma na Holanda. Ele escolheu McMaster, onde desenvolve uma pesquisa na área de Fotônica Integrada. Você deve estar se perguntando: o que é isso? Ele explica: a Fotônica Integrada é o desenvolvimento de circuitos semelhantes aos circuitos microeletrônicos que já conhecemos. A diferença é que eles usam luz ao invés de corrente elétrica. "Assim, conseguimos transmitir dados a longas distâncias muito mais rápido, usando fibras ópticas".
Por isso, é uma tecnologia que tem potencial de alcançar dispositivos mais rápidos, compactos e que consomem menos energia. As principais aplicações, conta Bruno, são na área de telecomunicações, mas ele está trabalhando em parceria com uma empresa canadense para desenvolver sistemas para carros autônomos.
O futuro, para ele, está em aberto. Ele pensa em ser professor universitário quem sabe na Unicamp? ou em ir para a indústria, mas nenhuma dessas opções o atrai muito. Ele prefere permanecer aberto às possibilidades que a vida pode trazer, como aconteceu quando ele foi o vencedor do Virando Bixo.