No último dia 20, Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. Com propostas polêmicas e uma postura conservadora e extremista, a ascensão do empresário Trump a um dos postos mais importantes do planeta deve repercutir e influir não apenas na vida dos norte-americanos, mas de todo o mundo, dada a relevância do país no cenário internacional.
O "Jornal da USP", da Universidade de São Paulo (USP), produziu uma série de entrevistas com pesquisadores e especialistas repercutindo alguns dos efeitos possíveis da ascensão de Trump.
No campo das políticas ambientais, a expectativa é que os avanços alcançados durante o governo Obama sejam revertidos. Trump já declarou que pretende cancelar o Acordo de Paris, assinado por 195 países e que propõe medidas para limitar o aquecimento global. Ao contrário dos acordos anteriores, este tem grandes chances de ser colocado em prática.
No vídeo, o professor Paulo Saldiva, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, afirma que é necessário que os Estados Unidos criem mecanismos para impedir que essa visão se materialize. Ele também pondera que, no plano internacional, as tecnologias limpas estão em expansão e que, se os Estados Unidos voltarem a investir em tecnologias baseadas em combustíveis fósseis e poluentes, tendem a perder espaço no mercado internacional.
Já as políticas imigratórias, segundo o professor Pedro Feliú Ribeiro, do Instituto de Relações Internacionais (IRI), Trump deverá enfrentar dificuldades para deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais, além do impacto que a medida poderá causar na economia: diversos setores, como o agrícola e o da construção civil dependem da mão de obra imigrante.
Na economia, os Estados Unidos deverão sofrer uma guinada protecionista e uma mudança nas políticas tributárias, afirma o professor Gilson Schwartz, da Escola de Comunicações e Artes (ECA).