Falecido há meia década, quando tinha 73 anos, o escritor gaúcho Moacyr Scliar produziu intensamente durante sua carreira. Ele escreveu mais de 80 livros, além de contos e crônicas, e recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior. Entre eles, o Jabuti, principal prêmio da literatura brasileira, por "A mulher que escreveu a Bíblia", no qual imagina como seria se o Antigo Testamento fosse escrito numa linguagem moderna e casual por uma mulher. Nesta resenha, Isabella Lubrano, do canal Ler Antes de Morrer, parceiro do Virando Bixo, comenta essa obra, na qual uma moça do século 20, numa sessão espírita, descobre que foi uma das 700 mulheres do Rei Salomão.
Era a mais feia de todas, mas a única que sabia ler e escrever. Assim, foi designada pelo rei para reunir todas as histórias do povo judaico num só livro. Ela narra de maneira irreverente tudo o que acontece no palácio, abusando do "humor judaico", celebrizado pelo cineasta Woody Allen. Segundo Isabella, Scliar procurou aproximar o público dos símbolos judaicos, ao mesmo tempo em que mostrou que a Bíblia foi escrita por seres humanos, refletindo suas dúvidas, paixões e interesses.
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