A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), junto com outras entidades estudantis, lança a campanha "Internet pra Geral", uma mobilização para garantir o direito ao acesso digital e reduzir os efeitos da desigualdade no acesso à educação e à informação, intensificados pela pandemia da Covid-19.
Um dado ajuda a entender o tamanho da exclusão digital no país: uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) apontou que 58% dos domicílios no Brasil não têm acesso a computadores e 33% não dispõem de internet em 2018. Em contrapartida, o acesso à internet é um direito humano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) um direito humano.
A falta de equidade no acesso à internet é apontada como um fator que pode prejudicar estudantes que moram nas periferias e nas regiões mais afastadas dos grandes centros na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. , Essa situação tem mobilizado estudantes e organizações sociais na defesa do direito à internet.
"O abismo entre as classes sociais se tornou gigantesco, e ainda mais claro quando recebemos tantas mensagens de estudantes que não tinham como estudar e se preparar para o Enem", observa Rozana Barroso, presidente da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas). "E, ainda, as aulas à distância não são uma realidade para mais da metade dos estudantes brasileiros".
A campanha #Internetprageral envolve uma mobilização nas redes sociais e no Congresso Nacional para que ela seja um projeto de lei ainda este ano e que forneça a gratuidade na internet e dados móveis para pesquisas, inscrições e aulas e conteúdo de educação a distância como direito permanente aos estudantes.
"Entendemos que essa é uma importante ferramenta para combater a desinformação também, além de garantir a clareza sobre a situação sanitária atual. O acesso digital com informações de qualidade, salva vidas", acrescenta a presidente.
Saiba mais sobre a campanha no vídeo a seguir: