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Engenharia florestal equilibra necessidades ambientais e humanas

Diversidade de biomas do Brasil e cenário de mudanças climáticas impulsionam demanda por profissionais na área

| Da Redação -

A engenharia é a aplicação do conhecimento científico, social, econômico e prático com o objeto de desenvolver máquinas, materiais e processos. Geralmente, está associada a contas, cálculos e projetos. Ou seja, muita matemática! Mas engana-se quem pensa que um engenheiro faça só isso. Existem muitos ramos e possibilidades de atuação nessa área. Uma delas é a Engenharia Florestal.  

Mas o que faz um engenheiro florestal? "Esta é a pergunta mais ouvimos", conta Camilla Noel da Silva, que está no 5º ano de Engenharia Florestal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).   

A estudante Camilla Noel da Silva, que cursa Engenharia Florestal na Esalq/USP

"As pessoas criaram uma distância da floresta e a enxergam como algo simples. Na verdade, a floresta é complexa e influencia diretamente nossa vida: a qualidade da água que bebemos, o ar que respiramos. Está presente nos móveis de casa, no papel para escrever. Enfim, existem muitos produtos que estão no dia-a-dia que vêm da floresta, sem que a gente se dê conta", explica a estudante.  

Assim, o papel do engenheiro florestal é lidar com todas essas dimensões, de modo a manter um equilíbrio entre as necessidades dos homens e a conservação da floresta. "O engenheiro florestal tem de lidar com todas essas áreas, que estão interligadas, tendo em vista o pilar a sustentabilidade: socialmente justo, economicamente viável e ambientalmente correto".

Segundo ela, a graduação em Engenharia Florestal geralmente se divide em três áreas, silvicultura e manejo (como fazer uma floresta, quais os tratamentos para manter uma floresta produtiva), ecologia aplicada (conservação) e a área de tecnologia, relacionada a produtos gerados pela floresta.  

"As áreas são muito interligadas. Essa é complexidade, pois somente trabalhando dessa maneira é possível usar os produtos da floresta de forma benéfica para o meio ambiente, já que as florestas são fundamentais para a nossa própria existência".  

As possibilidades de formação e trabalho são grandes nessa área, segundo a estudante. "Num país como o Brasil, esse curso é muito importante porque temos uma grande diversidade de biomas, de tipos de florestas e precisamos saber trabalhar com isso. Além disso, no contexto das mudanças climáticas, existe uma grande demanda de profissionais no país e em outras partes do mundo".  

As áreas de atuação variam: depois de formado, é possível trabalhar em grandes multinacionais, abrir sua própria empresa ou atuar no setor público ou em organizações da sociedade civil. Durante o curso, também existem oportunidades de fazer iniciação científica e estágios.  

Camilla já participou de grupos de estágio em várias partes do país e atualmente está num intercâmbio da Europa. "Passei cinco meses em Portugal cursando algumas disciplinas e, em julho, estou na Itália trabalhando num projeto de rearborização de um jardim dentro de uma ecovila localizada numa área de preservação".  

Na opinião dela, o curso de engenharia florestal é um bom caminho para quem gosta da área ambiental e quer "fazer a diferença". "Existe uma demanda grande de profissionais bons, competentes e honestos. É uma área desafiadora, pois envolve defender florestas e pessoas num mundo que exige cada vez mais produtos e produtividade, o que prejudica um lado: o lado do meio ambiente e das pessoas".  

O curso  

As primeiras graduações em engenharia florestal surgiram na década de 1960 e a maior parte delas é ofertada em universidades públicas, localizadas nas cinco regiões do país. Na região Sudeste são pelo menos 12 cursos, boa parte nos estados de São Paulo e Minas Gerais, segundo o site Central Florestal.  

No site Quero Bolsa é possível consultar as notas de corte médias para o Sistema de Seleção Unificada (Sisuu) em várias instituições.





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