A estudante Bruna Sena, estudante de 17 anos que foi a primeira colocada no curso de Medicina na Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto (o mais concorrido do vestibular da Fuvest) é negra e foi aluna de escola pública.
Ela mora em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, com sua mãe, que a criou sozinha desde os nove meses. A mãe, Dinália Sena, trabalha como caixa de supermercado.
Bruna teve uma vida escolar exemplar. No último ano do ensino médio, conquistou uma bolsa de estudos num cursinho popular mantido por alunos da USP. Além disso, a família e amigos sempre a ajudaram para fazer cursos extras, como o kumon de matemática.
“Sempre fui estudiosa, mas se não fosse o cursinho, não teria conseguido. Eu me sentia perdida com tanto a estudar e o cursinho me deu um norte”, disse Bruna ao site da USP de Ribeirão Preto.
A caloura da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirçao Preto entrou pelo vestibular da Fuvest e utilizou bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp).
Para ela, mesmo se dedicando muito aos estudos, as cotas raciais são necessárias para permitir que pessoas de baixa renda ingressem nas universidades mais concorridas. “"Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidades de vida iguais", disse ela ao jornal "Folha de S.Paulo".
Quando formada, Bruna disse que quer se dedicar ao atendimento de pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda e de saúde de qualidade.