A partir de 2019, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) terá cotas para estudantes de escolas públicas, pretos, pardos e indígenas. A decisão foi tomada nesta terça-feira (30) pelo Conselho Universitário da universidade.
O formato do programa será discutido por um grupo de trabalho até novembro deste ano e será submetido à aprovação do Conselho Universitário.
Não haverá mudanças no Vestibular Unicamp 2018 – ou seja, alunos da rede pública de ensino e candidatos auto-declarados pretos, pardos e indígenas têm direito à bonificação extra, oferecida por meio do Programa de Ação Afirmativa para a Inclusão Social (PAAIS).
Outro programa de inclusão social da Unicamp é o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), que usa como critério de seleção a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O calendário e as regras do Vestiubular 2018 da Unicamp já foram anunciados. As inscrições começam em 31 de julho. Leia mais nesta matéria do Virando Bixo e no site da Comvest.
Cotas
O plano para implantação das cotas na Unicamp deve prever a meta de 50% de estudantes oriundos da rede pública, por curso e turno, e buscar a meta de 37,5% de auto-declarados PPI (pretos, pardos e indígenas), segundo registrado do IBGE no estado de São Paulo.
"A sociedade deve estar representada em uma universidade pública", disse o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel. "É algo que a universidade só tende a ganhar e crescer, com essa diversidade".
Em São Paulo, mais de 80% dos estudantes do ensino médio estão em unidades públicas. A maioria na rede estadual.
Leia mais sobre as cotas na Unicamp neste dossiê do "Jornal da Unicamp".