O mapeamento via satélite e o desenvolvimento das tecnologias que remodelam as relações espaço/tempo são alguns dos movimentos que têm impulsionado o mercado para os profissionais da Geografia. A análise é da doutora Vera Lúcia dos Santos Placido, diretora da Faculdade de Geografia da PUC-Campinas. Mas há oportunidades específicas que dependem da modalidade pela qual se optou para fazer a graduação: bacharelado ou licenciatura.
Para quem se formou na área do bacharelado, segundo Vera Lúcia, o mercado de trabalho está receptivo para as consultorias ambientais e para as geotecnologias. Para o licenciado, as boas oportunidades estão na produção de materiais didáticos e no desenvolvimento de projetos interdisciplinares, além de aulas nas escolas públicas e privadas.
O curso tem duração de sete semestres para a formação em licenciado em Geografia e de oito para o bacharelado. “Dada à dinamicidade da ciência geográfica, espera-se do aluno pró-atividade, apreço pela leitura e pela atualização constante do conhecimento, facilidade de diálogo, compreensão da multiculturalidade no território e, fundamentalmente, curiosidade por entender como se dão as relações entre sociedade e natureza”, esclarece a diretora sobre o perfil esperado do aluno de Geografia.
Entre as disciplinas que ele estudará durante o curso, estão Organização e Produção do Território Brasileiro, Redes e Fluxos, Geografia da População, Geomorfologia, Climatologia, Análise Geográfica, Modelagem de Dados Estatísticos e Espaciais e Geoprocessamento. “Exige-se leitura e compreensão de textos, habilidade cartográfica e gosto pelos trabalhos de campo e estudos do meio”, destaca Vera Lúcia.
Um profissional em início de carreira consegue salário de, em média, R$ 3.000,00.