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Crise hídrica e falta de saneamento incentivam formação de engenheiros ambientais

Para recém-formados, há boas perspectivas de trabalho

| ViaEPTV -

A crise hídrica que nos últimos meses atingiu boa parte do Brasil e a necessidade de sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico nos centros urbanos vão tornar cada vez mais importante a formação de engenheiros ambientais. Essa é a opinião de Luciana Savoi Rossi, coordenadora do curso de Engenharia Ambiental do ISCA Faculdades, de Limeira. “Esses profissionais são especialistas na implantação de processos voltados ao abastecimento de água e tratamento de esgoto”, justifica.

Segundo Luciana, o curso é atrativo para pessoas que tenham interesse pela área da Engenharia, principalmente aquelas com afinidade por disciplinas como Biologia e Química. A duração é de cinco anos. “Após a graduação, as possibilidades de pós-graduação, tanto lato senso como stricto senso, são muito amplas, abrangendo vários setores da área de meio ambiente, mas, em especial, o Saneamento Ambiental”, explica a coordenadora. “O engenheiro ambiental também tem grande chance de entrar na área de Segurança do Trabalho após a conclusão da pós-graduação”. 
De acordo com Luciana, a Engenharia Ambiental é uma área multidisciplinar, na qual a principal missão do profissional é gerenciar sistemas integrados, desenvolver e controlar tecnologias que garantam a produção e desenvolvimento econômico com proteção do meio ambiente e redução da poluição. Devido à característica multidisciplinar, o currículo acadêmico apresenta matérias das áreas de exatas, biológicas e sociais. 
Assim, as aulas de cálculo, física e química alternam-se com as de biologia, ecologia, geologia, hidrologia, economia, topografia e hidráulica. O conteúdo profissionalizante é iniciado a partir do 5º semestre, e inclui estudos da legislação ambiental vigente, disciplinas na área de tratamento de resíduos sólidos, tratamento de água e de esgoto, implantação de redes de sistemas hidráulicos, efluentes líquidos e atmosféricos, manejo de recursos naturais e hídricos, avaliação de impactos ambientais, licenciamento ambiental, implantação de sistemas de gestão ambiental em empresas e segurança do trabalho.
Recém-formados
Para os recém-formados, frisa Luciana, há boas perspectivas de trabalho. “Diante da nova realidade mundial e com a crescente preocupação com questões ambientais, o mercado está bastante promissor para o engenheiro ambiental”, diz. “Há possibilidade de empregabilidade em multinacionais, empresas de assessoria e consultoria ambiental, órgãos públicos, institutos de pesquisa e universidades, além de organizações não governamentais”. 
Os pacotes de investimento realizados pelo governo federal têm aumentado a realização de obras de saneamento, que demandam a atuação de profissionais especialistas na área. “Indústrias pesadas e de base têm cada vez mais aprimorado e investido em obras de infraestrutura, e também requerem a atuação desses engenheiros para realizar estudos de impacto ambiental voltados a processos de licenciamento, como controle de poluição e fiscalização de projetos”, afirma a coordenadora. 
No setor privado, o profissional pode trabalhar em departamentos de planejamento de sistemas de gestão ambiental em indústrias potencialmente poluidoras e impactantes, como as do setor petrolífero, construtoras e químicas. Nesses sistemas, atua também como consultor ambiental de empresas, coordenando processos de auditoria ambiental, ou como gestor de equipes multidisciplinares que atuam na obtenção de licenciamento ambiental ou que estudam impacto ambiental.
No interior paulista, as oportunidades são em áreas de concentração industrial, em especial na indústria de suporte ao setor automobilístico, na construção civil em obras de saneamento, na área agrícola, como em usinas de açúcar e álcool, ou no setor público, ligadas às atividades dentro de órgãos ambientais, como a Cetesb ou as secretarias de Meio Ambiente dos municípios. Em outros locais do país, há outras oportunidades, como nos setores de mineração, de exploração de recursos naturais e, especialmente, no saneamento ambiental.
O salário inicial do engenheiro ambiental fica, em média, entre R$ 4 mil e R$ 6 mil.
Confira, a seguir, áreas em que o engenheiro ambiental pode trabalhar
Saneamento Ambiental: projetar, construir e operar sistemas de abastecimento de água e tratamento de esgoto, resíduos domésticos e industriais. Avaliar sistemas de drenagem para prevenção de enchentes.
Prevenção e controle de poluição: criar mecanismos para diminuir os impactos ambientais na indústria. Monitorar a qualidade da água e fiscalizar a emissão de gases que prejudicam a qualidade do ar. 
Planejamento de sistemas de gestão ambiental: analisar a implantação de sistemas de gestão integrados. Estudar meios de reutilização de resíduos para otimizar a produção e reduzir gastos. Elaborar e conduzir processos de licenciamento ambiental. Elaborar relatórios de impacto ambiental e planos para o uso de recursos naturais. 
Recuperação de áreas degradadas: desenvolver e executar projetos de recuperação de áreas poluídas ou degradadas.
Recursos hídricos: elaborar medidas de manejo e racionalização da exploração de rios e reservatórios, controlando a qualidade e a quantidade de água consumida.
Segurança do Trabalho: aumento de desempenho e melhoria da qualidade das condições de trabalho em empresas. 
Empresas de consultoria na área ambiental.

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