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Se o resultado do teste vocacional não agradar, o que o jovem deve fazer?

Virando Bixo foi atrás de respostas com especialista em educação

| ViaEPTV -

Quando um novo ano letivo se inicia, uma dúvida atormenta muitos estudantes que começam a definir seu futuro: que carreira seguir? A escolha da profissão é realmente uma decisão difícil para boa parte dos jovens, que não consegue identificar uma vocação claramente. Uma alternativa bastante utilizada para contornar esse problema é o teste vocacional, que pode ajudar a traçar opções a partir das características e dos anseios de cada um.

“Mas estes testes realmente funcionam?”. “E se apresentarem caminhos que não são com os quais eu sonhei?”. Essas são algumas perguntas comuns, para as quais o Virando Bixo foi buscar respostas junto à Alessandra Daniele Pascotto, que é pedagoga, especialista em Alfabetização, mestre em Educação pela Unesp, professora e coordenadora do curso de Pedagogia do ISCA Faculdades, de Limeira. Confira a seguir.

Os testes vocacionais são confiáveis?
Os testes vocacionais são indicadores das características pessoais do momento atual da história de vida de quem está em processo de escolha da profissão, e consequentemente de qual curso deve frequentar.  Eles realmente podem nos ajudar a refletir sobre autoconhecimento, bem como a relacionar nossos interesses com as possibilidades de atuação no mercado de trabalho. Porém, por si só, eles não resolvem nossos conflitos e dúvidas.

E se apresentarem um resultado que não agrade ao jovem?
Os testes vocacionais não têm a função de determinar qual profissão se deve seguir. Eles são importantes para nos ajudar a traçar nosso perfil, nossas preferências e habilidades. Não devemos considerá-lo como definitivo, nem nos restringir apenas a ele na hora de tomarmos essa decisão tão importante que é a escolha da profissão. Assim, quem tem o poder de decisão e escolha somos nós. Devemos ponderar sobre nossos interesses, anseios, limites e quais os desafios que desejamos e precisaremos superar, com base em nossa história de vida e identidade.

Que outras ferramentas deve utilizar quem não consegue se definir por uma profissão?
Mesmo que o teste não apresente uma opção de seu agrado, procure sempre conhecer mais sobre cada opção que ele lhe apresentar como possibilidades de carreira. Selecione um rol de opções de profissões que julgue interessantes e que correspondam às suas expectativas e busque informações sobre elas. Converse com alunos e profissionais da área, para conhecer as facilidades e dificuldades que esta profissão apresenta, como mercado de trabalho, áreas de atuação e vagas disponíveis, investimento de tempo e custo que a formação exige etc. Tente visitar e conhecer de perto um profissional atuando nesta profissão selecionada, e ainda, imagine-se trabalhando e qual seria seu estilo de vida tendo que ser custeado pelos rendimentos que esta profissão pode lhe oferecer. Pense em quais são seus sonhos e metas no sentido mais amplo possível e busque uma opção que te contemple da forma mais completa possível. Vale ressaltar que se trata de uma escolha pessoal e intransferível, e que, portanto, não pode ser influenciada pelos amigos ou familiares. Estes podem e devem opinar e te ajudar a analisar as opções, mas a decisão é sua e deve ser feita com responsabilidade, pois se trata de um reflexo do seu projeto de futuro, de vida.

Como lidar com o estresse de não conseguir optar por uma carreira, que se soma àquele causado pela proximidade dos vestibulares?
O estresse é uma reação normal para todos nós em situações em que nosso instinto de proteção é acionado, como quando nos encontramos sob pressão emocional ou física. Os jovens em fase de escolha da profissão, bem como no período que antecede os vestibulares, relatam que se trata de uma fase da vida que todos temem. Neste período, encontramos muitos casos de jovens agressivos, angustiados ou deprimidos, com variações de humor e sono. Isto ocorre porque precisam fazer a escolha da profissão ainda muito jovens, sob a pressão da responsabilidade que isto pressupõe e também sob a pressão e os anseios e expectativas dos familiares e muitas vezes dos cursinhos. A expectativa sobre sua ambição por sucesso social e financeiro também é comum. Enfim, como aliviar tanto estresse? Não há receita mágica. A dica é se organizar em relação aos horários, estudos e outras atividades, ou seja, ter disciplina. O diálogo com a família e os amigos também é importante.
A prática de atividade física e também de relaxamento ajuda muito a oxigenar o corpo, aliviar a tensão. Boas noites de sono, alimentação balanceada e saudável e momentos de lazer são essenciais.  Em alguns casos, recomenda-se também um acompanhamento terapêutico para auxiliar nos processo de autoconhecimento, autoestima e segurança. A família precisa apoiar incondicionalmente, com gestos, atitudes de encorajamento e discussão de forma sincera entre pais e filhos, para que juntos analisem as opções.  Lembrando que os pais podem aconselhar, mas devem respeitar a escolha e decisão dos filhos.

Quando o filho se arrepende de uma decisão, qual deve ser a sua posição e também a de seus pais?
Alguns jovens escolhem a profissão de acordo com o desejo antigo e, às vezes, frustrado de seus pais. Nesse caso, na maioria das vezes, eles vão aos poucos percebendo que não têm vocação para aquilo e precisam decidir entre levar o sonho dos pais adiante ou desistir deste e lutar pelos seus. Seja qual for o motivo do arrependimento, quase sempre o melhor a se fazer é repensar e recomeçar do que terminar um curso que você não seguirá como profissão posteriormente. Antes de qualquer decisão, são precisos muita conversa, análise e apoio da família.


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